quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Resenha: Água para Elefantes


O livro da canadense Sara Gruen é uma deliciosa viagem pelas lembranças de um homem que guarda um segredo e tem a consciência pesada por isso.

Jacob Jankowski vive em uma casa de repouso. Tem 90 ou 93 anos. Uma coisa ou outra, como ele mesmo diz. Sua convivência com a idade avançada corre normal, até que um circo começa a ser montado na frente do asilo. Fato que lhe traz a memória histórias que mudaram sua vida.

A história é intercalada por capítulos passados dentro do asilo, técnica antes utiliza nos livros À Espera de Um Milagre de Stephen King ou Diário de uma Paixão de Nicholas Sparks. Na realidade estes trechos mostram um Jacob mais real que o jovem das lembranças e logo o leitor se torna um amigo íntimo dele e de sua enfermeira favorita, Rosemary.

Durante a Grande Depressão o jovem Jacob é um universitário de Medicina Veterinária prestes a prestar os exames finais para poder trabalhar, mas, infelizmente seus pais morrem em um acidente de carro. A casa é tomada pelo banco e seu estado psicológico fica abalado. A única coisa que consegue fazer é fugir e entrar no primeiro vagão de trem aberto que vê.

Quando se dá conta torna-se o protegido de Camel e passa a trabalhar para o temido Tio Al, dono do Circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra.

Jacob começa a dividir um vagão com o anão Walter e com sua cadela e passa a trabalhar com August, diretor do setor eqüestre do circo. August é uma pessoa de temperamento explosivo e é casado com a bela Marlena.

Marlena, responsável por uma atração com cavalos, torna-se a paixão de Jacob, algo que o consome diariamente.

Como pano de fundo temos a vida no circo, a decadência da década de 30, a falência dos demais espetáculos, a disputa pelas atrações que ficaram pelo caminho, o medo de ser jogado do trem durante a noite caso Tio Al deseje ou a diferença entre artistas e trabalhadores.

Jacob passa a ser o veterinário do espetáculo e começa a dividir seus sentimentos entre Marlena e Rosie. Rosie é uma elefanta que só tem postura de burra, mas que no fundo é a salvação do circo.

O clima torna-se pesado depois de um ataque de fúria de August contra Jacob e Marlena que vê uma situação que na realidade não existe. O fim do livro é satisfatório tanto para quem acompanhou o jovem e o idoso Jacob durante a quebra do seu silêncio sobre o passado.

A escrita leve e agradável de Sara, assim como a pesquisa pesada realizada para trazer esse livro à tona tornam tudo muito mais real e palpável do que esperado.

O livro virou filme com Reese Witherspoon e Robert Pattinson. Como o slogan do filme eu te convido a ler o livro e ver que a vida é o mais fantástico espetáculo na terra.



3 comentários:

Ramiro Catelan disse...

A resenha está bem escrita, Alex, mas acho que tu gastou tempo demais resumindo a história e acabou economizando na crítica. Em suma, poderia haver mais equilíbrio entre análise e resumo, mas admito que resenhar não é algo exatamente fácil; ao menos eu sinto muita dificuldade quando tento. O detalhe é que tu tem melhorado bastante de uns tempos pra cá, então já me sinto satisfeito.

Abraço

Pri Lopes disse...

Adorei a resenha...
=D

Pri Lopes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.