O Big Brother de Stephen King…
King dispensa apresentações, autor de diversos sucessos e figura obrigatória nas prateleiras dos leitores mais ávidos, o mestre em gerar medo e criar mitos já é uma lenda vida. Em seu último romance lançado no Brasil, Stephen mostra que muitas vezes o ser humano é mais assombroso que o sobrenatural. E é esse o grande barato de Sob A Redoma.
Na trama, em um dia como outro qualquer em Chester’s Mill, no Maine, a pequena cidade é subitamente isolada do resto do mundo por um campo de força invisível. Aviões explodem quando tentam atravessá-lo e pessoas trabalhando em cidades vizinhas são separadas de suas famílias. Ninguém consegue entender o que é esta barreira, de onde ela veio e quando — ou se — ela irá desaparecer.
A forma como os moradores da cidade lidam com essa chamada “crise” é o tema central do livro. O confinamento faz os medos, receios, defeitos e passados se emergirem ao extremo ao tentar lidar com a situação, diretrizes e regras impostas pelo espaço.
O que vemos é uma interessante análise do poder, cheia de claras críticas ao governo Bush. Uma potente reflexão sobre as ações humanas. E uma narrativa que beira a perfeição, com ótimos personagens.
A leitura de Sob a Redoma é muito gostosa porque é ágil. A fagulha que dá origem ao caos total vai se desenrolando aos nossos olhos até chegar ao ápice. É como um reality show, mas sem o chato do Pedro Bial.
(Texto de Ícaro Guimarães)
(Texto de Ícaro Guimarães)
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